A Era de Ouro Telê Santana
“Se queres ser imortal, canta a tua aldeia”, disse León Tolstói, grande escritor russo, que defendia a tese de que valores regionais e nacionais podem ser universais. Telê nunca leu Tolstói, mas foi ele, mineiro da pequena Itabarito, quem tornou o São Paulo um time internacional.
Em 1991, o São Paulo iniciou sua Era de Ouro. Foi ele quem lapidou Raí, ensinou Cafu a cruzar, abriu caminho para Leonardo ser campeão do mundo em 94, fez de Pintado uma peça chave no time, transformou Zetti em um grande goleiro e Vitor em um grande lateral. Exigia que seus jogadores soubessem cruzar, driblar, passar e chutar. Por isso, treinava fundamentos ao extremo. Pintado e Cafu eram os mais exigidos. “Pintado, você agora é jogador do São Paulo, não é mais do Bragantino, não pode errar tanto passe assim.” Gritava com o raçudo volante que se tornou indispensável na primeira metade dos anos 90 no São Paulo.
De Cafu, exigia perfeição nos cruzamentos. Gritava muito com o lateral de muito preparo físico. Um dia, Cafu se irritou. “Faça o senhor, então. Se é tão bom, mostre-me como se cruza.” Telê parou o treino e não se irritou. Foi até Cafu e deu cinco cruzamentos perfeitos na área. Ainda mantinha a habilidade do ponta de muita qualidade que fora do Fluminense. Se você já leu súmulas do futebol carioca dos anos 50 e 60, já viu o nome Fio da Esperança no ataque do Flu. Fio da Esperança era o apelido de Telê nos tempos de jogador. Nunca foi convocado para a Seleção Brasileira. Também, disputava posição com Garrincha, Botelho, Canhoteiro, Pepe e Zagallo...
O primeiro ato de Telê no São Paulo foi dar toda confiança a um meia alto, irmão de Sócrates. Telê viu em Raí excelentes qualidades: físico privilegiado (1,89 m, 87 kg), bom passe, força, boa pontaria, inteligência acima da média e raciocínio rápido. Só precisava pedir-lhe que ficasse mais concentrado no jogo e treinar a velocidade.
Em 1991, o São Paulo ganhou seu terceiro título brasileiro. Na final, diante do Bragantino, fez 1 a 0 no Morumbi e segurou o 0 a 0 em Bragança.
“O estilo de Telê já estava no time. O volante Ronaldo (que depois jogaria como quarto-zagueiro) na verdade não atuava no meio campo. Ele se deslocava para a lateral esquerda e dava toda a liberdade do mundo para as subidas de Leonardo, ora volante, ora meiae até ponta esquerda”. Luis Augusto Simon e Marcelo Prado
E, na décima segunda partida, ele voltou: Müller. Retornou da Itália e formou um trio de ataque poderosíssimo, ao lado de Macedo e Elivélton, todos apoiados por Raí. E, no jogo final, Telê surpreendeu. Mostrou um lado estrategista que não é seu principal modo de entender o jogo. Elivélton, suspenso, não poderia jogar. A solução natural seria a entrada de Mário Tilico. Mas Telê promoveu Zé Teodoro para a lateral direita e Cafu se tornou ponta. Assim, impediu os perigosos avanços do lateral Gil Baiano, uma das armas do adversário.
Então, foia estréia do Paulistão. O São Paulo disputaria o módulo mais fraco do Paulistão, que incluía os dez piores colocados do ano anterior e mais os quatro que haviam subido da Série B. Os três melhores colocados se juntariam aos cinco melhores do grupo mais forte, onde seriam divididos em dois grupos aleatórios de quatro e disputariam o título.
O São Paulo atropelou todos os adversários e se classificou, ao lado de Santo André e Inter de Limeira, do grupo fraco, e Corinthians, Portuguesa, Palmeiras e Botafogo, do grupo forte. O São Paulo ficou no grupo com Palmeiras, Botafogo e Guarani.
Duvidava-se que o São Paulo conseguisse contra adversários tão fortes o mesmo desempenho mostrado contra times do interior. Mas o São Paulo atropelou os adversários de grupo e foi disputar o título com o Corinthians. E o título foi decidido logo no primeiro jogo: Raí fez um hat trick e deu a vantagem ao São Paulo. Uma semana depois, um empate por 0 a 0 e o São Paulo ganha mais um título para sua extensa galeria.
Em 1992, o ano começou muito mal. Várias derrotas consecutivas fizeram correr boatos sobre a demissão de Telê. Mas ele foi mantido e a reação começou. Se classificou em primeiro em seu grupo na Libertadores, com vitórias sobre Criciúma, Bolívar e San José de Oruro. Nas oitavas de final, o Nacional caiu por 1 a 0 e 2 a 0. Em um dos jogos, Zetti foi expulso. Em seu lugar, entrou Alexandre, a grande revelação do Tricolor. Atuou na partida seguinte, ajudou muito no título (vocês vão entender mais tarde) e morreu um ano depois em um acidente de carro. Rogério Ceni disse em uma entrevista uma vez, “Ele era melhor que eu”.
Nas quartas de final, o Criciúma ficou para trás. Na semi final, o Barcelona do Equador perdeu por 3 a 0 e depois venceu por 2 a 0. E chegou á decisão contra o Newells Old Boys. No primeiro jogo, 1 a 0 para os argentinos em Rosário. Em São Paulo, Raí converteu um pênalti e fez 1 a 0 no Morumbi. O campeão seria decidido nos pênaltis.
E três goleiros do São Paulo brilharam muito. O primeiro foi Valdir de Moraes, reserva de Leão no Palmeiras dos anos 70. Ele acompanhava os treinos dos possíveis adversários do SPFC e anotava como todos cobravam pênaltis. A cola foi entregue a Alexandre, grande revelação do Tricolor. Ele indicava a Zetti, do meio do campo, se o chute seria alto ou baixo, direita ou esquerda. E o terceiro foi Zetti. Viu Berizzo chutar o primeiro pra fora, Vibrou com o acerto de Raí, lamentou o empate de Zamora, comemorou o gol de Ivan, não pode fazer nada com o chute de Llop, lamentou o erro de Ronaldão, sentiu alívio com o erro de Zamora e viu o título ficar perto com o gol de Cafu. Chegou a vez de Gamboa bater. Zetti olhou para Alexandre e entendeu a mensagem. Seria um chute rasteiro á sua esquerda. Voou e pegou. São Paulo: campeão da Libertadores.
Enquanto o Mundial não chegava, o São Paulo se “esforçou” no Paulistão. Atropelou todos os adversários e chegou á final contra o Palmeiras.
O são paulino estava pronto para viver um dezembro inesquecível. A final com o Palmeiras seria nos dias 5 e 20 de dezembro. Entre eles, dia 13, o duelo com o Barcelona, campeão europeu. Rivais davam como certa a conquista do Paulistão, mas esperava por uma derrota diante dos espanhóis.
5 de dezembro. 90 mil torcedores lotam o Morumbi. O São Paulo domina o tempo todo, e mesmo com a vantagem de jogar por dois empates, faz um 4 a 2 incontestável no Palmeiras, com grande atuação de Cafu, que fez um golaço, deu duas assistências e sofreu um pênalti.
A torcida fez uma festa imensa. Os atletas, não. Assim que acabou o jogo já seguiu para o aeroporto. Quatro horas depois do desembarque já fazia treinos e exercícios físicos. Por se achar o favorito, o Barcelona chegou só no dia seguinte.
E dois jogadores do São Paulo discursaram. Raí disse que o Barcelona era um time poderoso e reconhecido mundialmente, e que deveria ser respeitado. Mas que a amizade e o companheirismo que existiam no São Paulo não haviam no clube espanhol. E que isso faria a diferença.
Toninho Cerezo surpreendeu. Perguntou onde estava o champanhe. Disse que tinha comemorado todos os títulos de sua vida bebendo champanhe e que não abriria mão disso. Os colegas se assustaram, mas entraram na onda. Também pediram champanhe.
Esses discursos mostraram que ali havia um grupo unido e pronto para surpreender. Não foi fácil, claro. O Barça entrou em campo pressionando, sem dar chances. Aos doze minutos, Laudrup tocou para Stoichkov, que seria o artilheiro da Copa de 94, e este mandou no ângulo de Zetti. A apreensão tomou conta dos jogadores são paulinos, mas estes reagiram. E com uma jogada inesquecível de Müller, aos 27 minutos. Após entortar o lateral Ferrer duas vezes, cruzou na área, e Raí, de coxa, empatou o jogo.
O jogo permaneceu equilibrado. A melhor chance depois disso foi ainda do São Paulo. Müller deu um toque magistral de cobertura por cima de Zubizarreta, mas Ferrer salvou em cima da risca fatal.
“O primeiro tempo terminou empatado. Graças ao anjo da guarda Tricolor. Um anjo negro, que havia chegado de Minas e tomado conta da lateral esquerda. Ronaldo Luís Gonçalves era um jogador discreto, com facilidade para marcar e um bom cruzamento no ataque, apesar de não ser jogador de muita velocidade.”
“Extremamente dedicado, cumpria exatamente o que Telê pedia. E, aos 45 minutos do primeiro tempo, estava em cima da linha da área do São Paulo, cobrindo a saída de Zetti, que havia se deslocado na base do desespero para a direita a fim de segurar o chute de Beriguistain, que após se livrar de Vitor e Adílson já se preparava para a comemoração. O chute passou por Zetti, mas a bola foi brecada pelo discreto salvador, em sua jogada mais importante em 109 jogos (com direito a dois gols) pelo São Paulo.” Luís Augusto Simon e Marcelo Prado
Ronaldo Luís salvou pela esquerda e o São Paulo passou a dominar pela direita. Cafu e Vitor, uma dupla de muito preparo físico e velocidade, começou a atacar indiscriminadamente o Barcelona, levando-o a seu campo de defesa. Os espanhóis se defendiam bem, com Koeman comandando os defensores com maestria e Zubizarreta se consagrando. Tudo indicava que o campeão seria conhecido na prorrogação. E o São Paulo, mais inteiro em campo, dava sinais que levaria vantagem no tempo extra.
Não foi necessário. Aos 34 minutos, Palhinha foi derrubado na entrada da área, do lado direito. Raí e Cafu chegaram para a cobrança e Raí se posicionou como se fosse rolar a bola. A cobrança vai ser de Cafu, pensaram os espanhóis, erradamente. A cobrança seria de Raí, com grande ajuda de Cafu. A jogada, ensaiada o ano inteiro especialmente para aquela partida. Não havia sido testada em nenhum jogo.
Raí deu um toque curto, coisa de 30 cm, lateralmente, para Cafu. Este parou a bola e saiu da jogada. O movimento escondeu a bola de Zubizarreta e a barreira perdeu sua função. O gol se escancarou para Raí, que foi da direita para a esquerda, e entrou por trás de Zubizarreta, o rei da Catalunha, o estático Zubizarreta, o lendário Zubizarreta. A partir daquele dia, lenda deixou de ser escrito com onze letras e passou a ter grafia muito mais simples. Um erre, um á e um i, com acento. R-a-í. Raí.
“A comemoração veio com um abraço de Telê, o ex-pé frio, o homem que perdeu duas Copas, mas que estava abrindo caminho para que Raí ganhasse a sua, um ano e meio depois, nos Estados Unidos. A festa foi enorme no Brasil. O são paulino estava nos céus. Para onde voltaria no ano seguinte. Mas naquele momento ninguém pensava nisso. Zetti; Vitor, Adílson, Ronaldão e Ronaldo Luís; Cerezo, Pintado, Cafu e Raí; Müller e Palhinha queriam apenas comemorar.” Luís Augusto Simon e Marcelo Prado
Uma semana depois, o que todo mundo esperava aconteceu. O São Paulo derrotou o Palmeiras por 2 a 1 e levou o caneco do Paulistão. Afinal, quem é campeão do mundo tem que também ser campeão paulista.
O ano seguinte foi de muitos títulos (e jogos) para o São Paulo. 97 jogos ao todo. Em abril foi o recorde: 16 jogos. A torcida estava muito confiante, pois a diretoria, que havia vendido Raí ao PSG no início do ano, conseguiu que o grande craque ficasse no time até o fim da Libertadores.
Como havia sido campeão no ano anterior, o São Paulo entrou na Libertadores de 1993 direto no mata-mata. As oitavas, contra o Newells, terminou com uma derrota por 2 a 0 na Argentina, o que deixou muita gente apreensiva. Afinal, tinha sido difícil reverter uma derrota por 1 a 0 no ano anterior. Agora, o trabalho seria em dobro.
Mas o São Paulo gostava de trabalhar. Fazia isso com prazer. Scoponi ficou 90 minutos fazendo defesas. Seria fácil ouvir em uma narração “Saaaalva Scoponi!”, “Defeeeeeeeeeeende Scoponi!”, “Peeeeeeeeeeega Scoponi!”. Mas quatro chutes ele não conseguiu pegar: Dinho aos 29, Raí aos 38 do primeiro tempo, Raí de novo aos 30 do segundo e Cafu oito minutos depois.
O segundo adversário seria o Flamengo, de Júnior (um dos craques da Seleção Brasileira de Telê) e Gilmar (Campeão Brasileiro em 1986 pelo São Paulo). No primeiro jogo, no Maracanã, 1 a 1. Uma semana depois, 2 a 0 para o São Paulo e vaga nas semi finais, contra o Cerro Porteño, de onde saíram os principais jogadores do Paraguai na Copa de 1998, quando o Paraguai teve um bom desempenho.
O primeiro jogo foi no Morumbi e terminou em 1 a 0. Na volta, o São Paulo mostrou que também sabia jogar na defesa e o 0 a 0 foi mantido. A decisão seria disputada com o Universidad Catolica, do Chile. E o título foi decidido em um jogo: 5 a 1 para o São Paulo. Foi a maior goleada que a Libertadores conheceu em finais toda sua história. Na volta, uma derrota por 2 a 0 e o Mundial seria decidido com o Milan.
Nem era para ser o Milan. O Milan havia perdido a final para o Olympiqué Marseille. Mas uma denúncia comprovada de suborno em um jogo do Ligue de France contra o Valenciennes. As penas foram duras e justas. O time foi rebaixado á terceira divisão, foi banido de ligas internacionais por três anos e Tapie, dono do time, foi preso. E a FIFA decidiu que um time com um “currículo” destes não seria digno de disputar o Mundial e deu a honra ao Milan, vice campeão. Não foi uma boa troca para o São Paulo, pois o resultado tinha sido uma zebra.
Com o fim da Libertadores, Raí foi para o PSG. Pintado foi contratado pelo futebol mexicano, e Vitor foi para o Real Madrid. Cafu recuou e voltou á sua posição original. Vitor foi considerado uma das piores contratações dos anos 90 pelo clube madrilenho, voltou ao Brasil e foi ídolo em outros clubes. Para refazer o meio campo, o São Paulo repatriou Leonardo, promoveu Doriva ao time titular, e Cerezo e Dinho se mantiveram como volantes. Ou seja, o técnico que foi crucificado por não escalar volantes de contenção agora usava dois leões de chácara (Dinho e Doriva) e mais Cerezo. O São Paulo também trouxe o meia Juninho, muito leve e veloz, ídolo do Ituano, que foi muito importante no São Paulo. Costumava entrar no segundo tempo. Também chegaram o lateral Jura e o atacante Valdeir. E tinha pouco tempo para se entrosar, além de ir enfrentar um teste muito duro pouco antes.
A Supercopa da Libertadores é um torneio muito forte. Reúne todos os campeões continentais. Todos os participantes, algum dia, foram reis da América. Cruzeiro, Flamengo, River, Independiente, Boca Juniors, Santos, todos em um único torneio. E o São Paulo ganhou. Deixou para trás o Grêmio, Independiente, Nacional de Medellín e Flamengo.
A torcida Tricolor esperava agora o embate histórico com o Milan. Esperava que Telê colocasse Juninho logo no início de jogo, formando um quarteto ofensivo de altíssimo nível, com Leonardo, Palhinha e Müller. E a dupla de volantes com Dinho e Doriva. Ou até Cerezo, menos cotado.
Aos 37 anos, ele não começava uma partida desde novembro, quando foi substituído por Juninho na vitória por 2 a 0 em cima do Remo. Juninho em lugar de Cerezo parecia ser uma tendência definitiva. Foi uma surpresa quando Telê escalou o meio campo com Dinho, Doriva, Cerezo e Leonardo, com Müller e Palhinha no ataque. Juninho no banco.
O time foi muito pressionado no início do jogo. O gol parecia questão de tempo. E ele chegou, aos 19 minutos, com Palhinha. Gol do São Paulo.
“Um gol com a marca de Telê. Técnicos repetem a todo momento que dois laterais não podem ir ao ataque ao mesmo tempo. Capello deve ter pensado nisso ao ver André Luiz na esquerda lançar Cafu na direita. O cruzamento foi rasteiro e Palhinha marcou o primeiro.” Luis Augusto Simon e Marcelo Prado
O primeiro tempo terminou em 1 a 0. O Milan empatou logo a três minutos do segundo tempo, com Massaro. E Cerezo, que já estava jogando muito, começou a mostrar por que Telê estava certo em poupa-lo nos últimos jogos. Aos 14 minutos, avançou pela direita, recebeu passe de Leonardo e deixou sua marca.
O São Paulo tentou resistir na defesa. Esperou. Errou. Papin, de cabeça, fez 2 a 2. E o São Paulo já jogava sua 97ª partida no ano. Seria difícil resistir por mais 30 minutos.
Não foi preciso. Aos 41 minutos, Toninho Cerezo lançou uma bola açucarada para Müller. Rossi, goleiro do Milan, fez uma burrice: ao invés de sair como um goleiro comum, tentou dividir a bola com Müller. E perdeu. Gol.
“Cerezo foi eleito o melhor jogador do Mundial. Telê acertou ao escalá-lo. A dupla, tão execrada há dez anos, conquistava seu segundo título mundial. No ano anterior, Raí havia sido o melhor. O Raí em quem Telê apostara tanto, fazendo com que se tornasse um jogador muito mais constante do que era até então. Não há como dizer de outra forma. O São Paulo era de Telê.” Luis Augusto Simon e Marcelo Prado
Em 1994, foi a terceira participação seguida do Tricolor. Não ganhou. Foi vice campeão, o que comprova a força e a constância desse time da primeira metade dos anos 90. Mas o São Paulo não terminaria o ano do tetra sem um título internacional. De tantos jogos que tinha no ano, o São Paulo montou um time B, com os principais jogadores da base e reservas. Destaque para Caio, Catê, Denílson e... Rogério Ceni. Treinados por Muricy Ramalho, auxiliar de Telê. Após atropelar todos os adversários e chegar com facilidade á final da Copa Conmebol. Na decisão, com o Peñarol, o Expressinho, como era conhecido, trucidou o Peñarol e saiu de campo com 6 a 1. Na volta, ninguém reparou nos três a zero sofridos.
O ano seguinte passou em branco e em 1996 Telê Santana sofreu uma isquemia cerebral que o tirou do futebol.